CHOVE

O calor
prenuncia
a chuva.

As plantas
pedem
mais alma.

Chove.

O que foi
retirado,
volta.
E o sombrio
brilha.

A água acalma,
há água na palma:
lágrimas de
felicidades
solidárias e
comunitárias.

Então,
se faz,
se pode,
se quer
tudo bem:
colorido,
corajoso.

Recebe-se
da chuva
o axé.
Percebe-se
a luz que
faz viver.

(Guebo)

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